segunda-feira, 2 de junho de 2014

Luta de Classes se opõe à Ética Bíblica

Luta de Classes se opõe à Ética Bíblica

O termo "Luta de Classes" foi cunhado por Karl Marx (1818-1883) para tratar da disputa entre o proletariado e a burguesia.

A partir dos anos 1960 a Nova Esquerda passou a aplicar o termo num sentido mais amplo, criando novos grupos de oprimidos e opressores. A Esquerda deu a alguns grupos o status de oprimido para angariar apoio e promover sua revolução cultural.

Nessa lista de oprimidos, além dos proletários, foram acrescentados:
- os pobres em geral, especialmente os favelados (passou-se a generalizar todo rico como opressor e a classe média como conformista e inimiga da revolução - e todo pobre como 'bonzinho')
- os negros (e passou-se a generalizar todo branco como opressor racista)
- os gays (e passou-se a generalizar todo hétero como opressor homofóbico)
- as mulheres (e passou-se a generalizar todo homem como opressor machista)
- os índios (e passou-se a generalizar todo descendente de imigrantes como opressores, especialmente os de ascendência européia)
- os 'maconheiros' (e passou-se a generalizar os contrários à legalização como opressores)
- os bandidos e marginais (e passou-se a generalizar os defensores de leis rígidas como inimigos dos direitos humanos; normalmente os delinquentes são descritos como vítimas da desigualdade social)

E como se não bastasse, todo conservador é visto como opressor (normalmente chamado de fascista, racista e homofóbico). Claro que é calúnia associar esses rótulos ao conservadorismo! Mas muita gente desavisada cai no 'conto do vigário'.

Essa cosmovisão progressista faz um corte arbitrário dividindo "bons" de um lado e "maus" do outro. Esse maniqueísmo é infantil pois as relações humanas são bem mais complexas. E infelizmente isso acaba sendo reproduzido no meio cristão por muita gente que adota a Teologia da Missão Integral (esquerdismo evangélico).

Para entender como é arbitrária essa visão basta você responder sinceramente: "todo branco é racista?", "todo hétero é homofóbico?", "todo pobre é bonzinho?", etc. São generalizações infantis.

Olhando para a Bíblia vemos uma cosmovisão bem diferente.

A Bíblia coloca todos os homens na vala comum chamando-os de pecadores.
Rom 3:23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.

E a solução para o mal da humanidade não é sócio-econômica, mas espiritual e moral. Ao receber Jesus Cristo como Salvador a pessoa experimenta uma transformação moral que afeta inclusive suas relações sociais (a maneira como se relaciona com o próximo).

Observe que Jesus vem justamente desfazer as rixas sociais unindo pessoas de grupos diferentes.
Gal 3:28 Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.

Embora houvesse diversos grupos e etnias nos tempos bíblicos, o NT não ensinou a luta de classes, mas a harmonia entre as pessoas.
Ef 6:1 Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo.
Ef 6:2 "Honra teu pai e tua mãe", este é o primeiro mandamento com promessa:
Ef 6:3 "para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra".
Ef 6:4 Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor.
Ef 6:5 Escravos, obedeçam a seus senhores terrenos com respeito e temor, com sinceridade de coração, como a Cristo.
Ef 6:6 Obedeçam-lhes não apenas para agradá-los quando eles os observam, mas como escravos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus.
Ef 6:7 Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como ao Senhor, e não aos homens,
Ef 6:8 porque vocês sabem que o Senhor recompensará a cada um pelo bem que praticar, seja escravo, seja livre.
Ef 6:9 Vocês, senhores, tratem seus escravos da mesma forma. Não os ameacem, uma vez que vocês sabem que o Senhor deles e de vocês está nos céus, e ele não faz diferença entre as pessoas.

O cristianismo buscava transformar as relações sociais sem necessidade de revolução. Vemos que os apóstolos buscavam transformar a escravidão de dentro para fora mudando a maneira como escravos e senhores se tratavam. Da mesma forma, em vez de criar o feminismo, a Bíblia combateu o machismo ensinando como um marido deve tratar sua esposa com honra. 

Essa é a forma bíblica de transformar a sociedade, e houve muito êxito nos primeiros séculos de cristianismo. Infelizmente com a estatização do cristianismo no Império Romano (Constantino) a fé cristã entrou num tempo de esfriamento e a influencia estatal fez as relações sociais voltarem ao estado anterior (pais dominadores, maridos machistas, senhores de escravo violentos, etc).

Somente séculos mais tarde veremos mudanças expressivas nas relações sociais. Por isso é valioso que hoje tenhamos leis que coíbam excessos e regulem as relações de trabalho. Contudo, fica evidente que a luta de classes é desnecessária e sua única contribuição é acirrar diferenças dividindo ainda mais a sociedade.

É da ética bíblica que surge a máxima de que todos são iguais perante Deus e perante a Lei. A luta de classes é uma tentativa de mudar isso favorecendo alguns grupos, portanto, não merece ser levada a sério.

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