quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Bancada Evangélica

Bancada Evangélica


Sempre que possível procuro votar em políticos cristãos porque espero que (1) eles defendam leis justas e (2) que eles tenham uma postura de integrida na vida pública.

Embora conheço vários casos de trambiques e falcatruas (como compra de votos) por políticos "evangélicos", ainda creio no poder transformador do evangelho.

Gostaria muito de ver os políticos cristãos erguendo a voz contra a corrupção, denunciando falcatruas, sendo instrumentos e mártires da mudança política, etc...
Sei que defender tais valores pode ocasionar perseguição, mas esse é o preço que todo cristão deve pagar: defender os valores do Reino com a vida se preciso for.


Para refletir sobre isso colei abaixo um trecho extraído do Blog Teologia Pentecostal:

Os “representantes evangélicos” estão defendendo a moral nas instituições políticas?

1) Será que enquanto lutam legitimamente contra o aborto, alguns “irmãos” estão envolvidos em atos secretos do Senado ou nos “esquemas” da Câmara?
2) Por que a Bancada Evangélica não assina um manifesto pelo afastamento do presidente do Senado José Sarney (PMDB- AP)?
3) Por que a Bancada Evangélica como um todo não efetuou uma oposição aos escândalos nos casos Renan Calheiros (PMDB-AL) e Antônio Carlos Magalhães (antigo PFL-BA)?
4) São eles também lenientes com a podridão?
5) Os nobres deputados e senadores estão presos as imoralidades dos partidos que fazem parte?
6) Por que a Bancada Evangélica não luta contra os atos secretos do Senado e no aumento de salário dos nobres deputados, defendida pelo baixo clero?
7) Por que a Bancada Evangélica não se mobiliza para mostra à opinião pública que é um paladino da moralidade?

Os caros deputados evangélicos devem se preocupar com as leis a favor do aborto ou leis absurdas como a PL 122/2006, mas também deveriam ser exemplos da tentativa de moralização da Câmara e do Senado.

É necessário que essa Bancada Evangélica seja sal da terra dos três poderes, pois se não for, só prestará para ser “jogada fora” nas eleições de 2010.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Adoção de Crianças por Gays

Adoção de Crianças por Gays

O argumento mais usado a favor da Adoção de crianças por Gays é que "é melhor a criança ter um lar do que ser criada num orfanato".

Esse argumento é uma falácia enorme, afinal não faltam casais heterossexuais querendo adotar crianças. O que tem dificultado a adoção é justamente a burocracia: chega a levar anos o processo de adoção.

Desfeito esse argumento falacioso sobra o que?

Todos sabem que para se tornar um adulto emocionalmente saudável e equilibrado uma criança precisa da figura materna e da figura paterna. É enorme o número de adultos com dificuldades emocionais pela ausência paterna, por exemplo.

Colocar as crianças num lar gay só irá contribuir para gerar mais adultos com problemas emocionais e psicológicos.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pais não poderão mais dar palmada nos filhos

Mais uma afronta à autoridade dos pais: Governo cria projeto de lei que proíbe os pais de dar palmada nos filhos.
http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/pais/ao-assinar-mensagem-que-proibe-castigos-corporais-lula-diz-que-conversar-e-melhor-do-

Compare com a Bíblia:

"Aquele que poupa a vara odeia seu filho, mas aquele que o ama tem o cuidado de discipliná-lo". (Provérbios 13:24 NVI)

"É natural que as crianças façam tolices, mas a correção as ensinará a se comportarem." (Provérbios 22:15 NTLH)

"A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela". (Provérbios 22:15 NVI)

"Não deixe de corrigir a criança. Umas palmadas não a matarão. Para dizer a verdade, poderão até livrá-la da morte". (Provérbios 23:13-14 NTLH)

"É bom corrigir e disciplinar a criança. Quando todas as suas vontades são feitas, ela acaba fazendo a sua mãe passar vergonha". (Provérbios 29:15 NTLH)

"A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe". (Provérbios 29:15 RA)

"Corrija os seus filhos enquanto eles têm idade para aprender; mas não os mate de pancadas". (Provérbios 19:18 NTLH)

A Palavra de Deus não aceita nenhum tipo de excesso — nem falta de disciplina, nem surras violentas.
Se o governo quisesse apenas combater o excesso teria respaldo bíblico. Mas ao querer proibir toda correção física ele entra em confronto com a Bíblia.

Agora além de poder ser preso por criticar o homossexualismo, nós cristãos poderemos ser presos também por educar nossos filhos.

Leia o post sobre Separação da Igreja e Estado:
http://confraria-pentecostal.blogspot.com/2010/06/separacao-da-igreja-e-estado.html

Obs.1: Alguns alegam que a nova lei visa apenas conter os abusos e excessos. Mas se fosse assim não precisaria desse projeto, pois a lei em vigor já pune os maus tratos.

Obs.2: É evidente que existem várias maneiras de educar os filhos, mas a palmada é um recurso necessário em certos momentos. Creio que a palmada deva ser o último recurso usado, mas em certas situações é preciso usá-la.

Obs.3: Ao criticar essa iniciativa do governo Lula não estou fazendo campanha para nenhum candidato. Se fosse um governo do PSDB ou qualquer outro partido eu criticaria da mesma forma. Meu compromisso é apenas com os valores cristãos. Por outro lado é inegável que o PT bate recordes na promoção de valores imorais (promoção do homossexualismo, legalização da prostituição, desejo de legalizar o aborto, etc).



http://www.estadao.com.br/noticias/geral,governo-quer-proibir-pais-de-dar-palmada-em-criancas,580515,0.htm

Governo quer proibir pais de dar palmada em crianças

13 de julho de 2010 11h 06

AE - Agência Estado

Pais, professores, cuidadores de menores em geral podem ficar proibidos de beliscar, empurrar ou mesmo dar "palmadas pedagógicas" em menores de idade. Um projeto de lei que proíbe a prática do castigo físico será assinado amanhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para marcar os 20 anos de vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A medida visa garantir o direito de uma criança ou jovem de ser educado sem o uso de castigos corporais ou "tratamento cruel e degradante". Atualmente, a Lei 8.069, que institui o ECA, condena maus-tratos contra a criança e o adolescente, mas não define se os maus-tratos seriam físicos ou morais. Com o projeto, o artigo 18 passa a definir "castigo corporal" como "ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente". Para os infratores, as penas são advertência, encaminhamento a programas de proteção à família e orientação psicológica.

"A definição proposta se aplica não só para o ambiente doméstico, mas também para os demais cuidadores de crianças e adolescentes - na escola, nos abrigos, nas unidades de internação. O projeto busca uma mudança cultural", diz a subsecretária nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmen Oliveira. Segundo ela, "1/3 das denúncias no Disque 100 refere-se à violência doméstica, seja na forma de negligência ou de maus tratos".

Será necessário o testemunho de terceiros - vizinhos, parentes, funcionários, assistentes sociais - que atestem o castigo corporal e queiram delatar o infrator para o Conselho Tutelar. Vale lembrar que, no caso de lesões corporais graves, o responsável é punido de acordo com o Código Penal, que prevê a pena de 1 a 4 anos de prisão para quem "abusa dos meios de correção ou disciplina", com agravante se a vítima for menor de 14 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Separação da Igreja e Estado

Separação da Igreja e Estado

No excelente blog "Teologia Pentecostal" meu amigo Gutierres escreveu o seguinte:

"Independente se o presidente é a favor ou contra o aborto, por exemplo, quem decide isso é o legislativo (deputados federais e senadores). Marina Silva é uma mulher democrática e nunca imporia seus valores cristãos na sociedade brasileira. Nenhum político cristão fez e faz isso. Só gente tonta fica pensando essas coisas. É fruto de uma ignorância histórica. O cristianismo não é islamismo. Não existe Estado cristão absoluto, mesmo no Vaticano existem não cristãos. O laicismo nasceu em sociedades protestantes."

Gostaria de comentar esse assunto.
De fato é o legislativo quem cria as leis, mas não podemos ser ingênuos: o presidente tem muita influencia no Congresso. Além disso, o executivo tem esferas de atuação que independem do congresso.

O Executivo não pode aprovar o casamento gay ou o aborto, mas pode fazer outras ações nesse sentido. O governo pode criar programas diversos que promovam valores não-cristãos (que até onde sei não passam pelo crivo do congresso).
Veja alguns exemplos:

1 - Programa Brasil sem Homofobia que apóia as causas gays.
Veja que esse programa é obra do Executivo. Se Lula e o PT não estivessem no poder executivo não teríamos esse programa.

2 - Combate à AIDS que incentiva o sexo precoce
Existe um programa do Executivo para distribuição de camisinhas em máquinas que parecem de refrigerante, que aliás passam uma idéia de que fazer sexo é algo banal como tomar refrigerante. Precisamos combater a AIDS, mas sem incentivar o sexo precoce.

3 - Programas de Educação ideológicos
O MEC atua na escolha dos livros escolares, e tem optado por livros de história que enalteçam os heróis do socialismo, ou seja, exerce influência ideológica. Além disso desenvolve uma "educação sexual" cada vez mais precoce onde o homossexualismo é tratado como mera opção.

4 - Combate às Drogas ineficaz
Na questão do combate às drogas o governo federal tem sido muito omisso. Falta vigiliância nas fronterias e falta apoio para as casas de recuperação de dependentes químicos.
O Projeto REDUÇÃO DE DANOS do governo federal (trazido da Holanda) tem 2 kits, um para usuário de drogas injetável (seringas, agulhas, preservativo, recipiente e água sanitária para a devida limpeza após o uso) e outro para usuário de crack (preservativos, gel lubrificante, cachimbo e todos os apetrechos necessários). Esse programa é ineficaz porque o usuário de drogas quando está em "viagem" perde o senso crítico e não tem os cuidados necessários. Vale comentar que no início esse programa distribuia inclusive uma pequena porção de cocaína numa embalagem plastica lacrada, mas isso já parou.


Veja que só esses casos já servem para mostrar que um presidente pode sim influenciar moralmente um país.
Não estou fazendo campanha para nenhum candidato, apenas quero combater essa idéia de que o presidente não influencia o país moralmente. Influencia e muito!

Aliás, caso algum dia um evangélico se torne presidente espero que influencie o país com os valores cristãos. Prefiro uma Marina Silva cristã que uma Marina em cima do muro!

Um cristão na política tem que influenciar e defender valores cristãos.
Isso não significa criar um Estado Cristão, mas influenciar o Estado Laico.
[Leia meu artigo sobre defender leis cristãs.]

Para muitos a Separação da Igreja e o Estado significa que a igreja nunca deve se envolver com algo que seja de preocupação política. Na verdade a separação significa que a Igrejas não está subordinada ao Estado e nem o Estado à Igreja. Mas é evidente que a igreja deve "salgar a terra" influenciando o Estado.

Recomendo ler esse texto do site Monergismo: A Separação Marxista da Igreja e o Estado

PS.: Um outro exemplo de como o poder Executivo pode influenciar em questões morais aconteceu aqui em Joinville-SC, onde moro. Em 2008 elegeram o Carlito Merss do PT para a prefeitura. Já em 2009 a cidade passou a ter Parada Gay por iniciativa da Prefeitura que mobilizou diversos funcionários públicos para apoiar o evento e patrocinou o evento via Fundação Cultural de Joinville. Isso tudo contra a vontade da maioria esmagadora da população, pois ninguém esperava isso quando o elegeu.

sábado, 5 de junho de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ano Eleitoral e os Cristãos

Ano Eleitoral e os Cristãos

Estamos em ano eleitoral. Nessa época é comum vermos igrejas apoiando candidatos em troca de favores políticos. E infelizmente algumas apóiam candidatos/partidos que defendem idéias bem contrárias ao cristianismo.

Nessa época é comum ouvirmos a ala mais evangelical dizer que "Uma igreja pode falar em voto consciente e ensinar civilidade, mas NUNCA INDICAR EM QUEM VAMOS VOTAR".

Gostaria de refletir sobre isso em 2 aspectos:

1) Concordo que uma igreja não deve apoiar um candidato oficialmente, no sentido de fechar acordo com algum deles. Uma igreja não pode negociar (vender) os votos do seu rebanho. Se faz isso ela perde sua voz profética.

Mas creio que um pastor individualmente pode apoiar um candidato e compartilhar sua opção com os membros. Como pastor quando vejo alguém fortemente comprometido com a moral cristã não tenho receio em indicar essa pessoa aos meus amigos. Não se trata de apoiar alguém que vai ceder terrenos para a igreja, mas alguém que vai defender os valores cristãos.

(Infelizmente cada dia que passa vejo que são poucos os políticos evangélicos que realmente erguem a voz nos parlamentos contra a corrupção e contra as ameaças à família - sinto falta de um William Willbeforce na política de hoje...)

2) Creio que um pastor pode alertar seus membros em quem NÃO votar nas eleições. Se o pastor vê que algum candidato está apoiando coisas contrárias a fé cristã, ele não deve se calar. Deve alertar as pessoas sobre os fatos, ainda que elas é que decidirão em quem votar.
Reflita: O pastor deve instruir as pessoas de acordo com a Bíblia ou deve calar-se em nome do politicamente correto?


CONCLUSÃO
Entendo que os evangelicais querem combater certos abusos que temos visto nas igrejas em épocas de eleições. Mas temos que cuidar para não perdermos nossa capacidade de mobilização como Igreja. (Em tempo: também sou evangelical!)

Eu quero ver cristãos sérios nos parlamentos desse país.
Não voto em qualquer pessoa que se diga evangélica.
Mas busco sim votar em cristãos sérios para que defendam leis adequadas em nosso país.

A grande dificuldade está em achar cristãos sérios na política... são poucos... mas ainda creio no poder transformador do evangelho que pode erguer pessoas íntegras mesmo na política.

Vide meu post: Cristãos devem defender Leis Cristãs


E ainda: PNDH-3


PNDH-3

Vale a pena conferir o que esse padre falou...

Homilia pronunciada no dia 31/01/2010, pelo Padre Paulo Ricardo* a respeito do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3).O decreto pretende impor à Nação e aos Brasileiros que nele vivem, políticas desumanas e incompatíveis com o cristianismo. Trata-se de um instrumento para a criação de uma “nomenklatura”, uma casta de dirigentes alinhada com a ideologia governante e que, na prática, exclui os verdadeiros cristãos do aparato de governo.

Meus queridos irmãos e irmãs eu costumo sempre fazer a homilia a respeito do Evangelho, porém, o missal permite que se faça a homilia a respeito de alguma necessidade da comunidade. Será o caso da homilia de hoje.

Nós vivemos em um tempo de graves e sérias mudanças em nosso país. Já no apagar das luzes do ano de 2009 o presidente da república assinou um decreto de um Plano de Desenvolvimento dos Direitos Humanos. O decreto é muito extenso, várias paginas, o português é jurídico, difícil de leitura, mas o que o decreto faz é o seguinte:

Ele cria duas categorias de cidadão, existe agora, a partir do Decreto de Sua Excelência o Presidente, dois tipos de brasileiros, aqueles que podem ser funcionários públicos e não são cristãos, e aqueles que são cristãos e são cidadãos de segunda categoria. Essa é a conseqüência desse decreto.

...........

....... através desse decreto nenhum funcionário público pode ser contra o aborto, nenhum funcionário público pode ser contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, nenhum funcionário público pode ser contra invasões despropositadas de terra. Nenhum funcionário público pode ser contra a lei e aquilo que é a política do governo de retirar de todos os locais públicos símbolos religiosos.

...........

O senhor presidente da república decretou que ninguém pode ser cristão e servir este país. A gravidade desse decreto, a gravidade desta decisão não está minimamente à altura do barulho que nós ouvimos na mídia e do barulho que nós ouvimos feito pelos senhores bispos do Brasil, que graças a Deus estão protestando, mas não estão protestando com a veemência que deveriam protestar.

Estamos vendo a instauração dos pressupostos de uma futura ditadura! Para que haja uma ditadura é necessário que haja uma nomenklatura, ou seja, um grupo de burocratas fidelíssimos que implantem essa mordaça na população, é assim que se faz uma ditadura.

É necessário que a Igreja Católica erga sua voz contra esta infâmia que Clama aos Céus. Se algum padre ou algum bispo pretende ser prudente e guardar o silêncio, eu não guardarei! Porque não quero entrar para a história como os bispos que covardemente não levantaram a voz quando Hitler começou a governar a Alemanha em 1933.

Meus irmãos, Hitler foi eleito democraticamente. E levou 6 (seis) anos para que ele finalmente fizesse um ato de guerra e invadisse a Polônia, durante estes 6 anos enquanto ele ia tomando o poder gradualmente e abolindo a democracia na Alemanha, pouquíssimos foram os bispos valorosos, tementes a Deus, que ergueram a sua voz para protestar contra esse tipo de desmando.

Não estou acusando o senhor Presidente da República de genocídio nazista e nem de ser um outro Hitler. Eu só estou fazendo um paralelo na história e dizendo que é vergonhoso que bispos e padres não estejam à altura do seu povo e de suas ovelhas e levantem a voz quando a falta de respeito pela população brasileira se torna clamorosa, infame, desavergonhada!

94% dos brasileiros são contra o aborto! E, no entanto esta corja de patifes que nos governa quer a todo custo implantar o aborto custe o que custar. Tentaram através de lei no congresso não conseguiram, agora, então, tentam através de decreto, para que então só haja funcionários do governo que se calem, amordaçados, e sejam punidos com atos administrativos aqueles que não seguirem a cafagestagem desta tirania que está abolindo com a democracia no Brasil.

Meus irmãos; é necessário que nós cidadãos e cristãos não fiquemos indiferentes. Eles irão repetir a ladainha de sempre de que a nossa religião é um fato privado e que ninguém deve usar a sua religião para colocar as políticas públicas. O problema é o seguinte, o ateísmo também é uma atitude religiosa, o ateísmo também é uma religião, o ateísmo também é uma forma de se relacionar com o fato religioso. Uma minoria de ateus desavergonhados quer amordaçar a maioria dos cristãos deste país. Eles dizem que ficam ofendidos com a presença de crucifixos nos nossos tribunais, e eu digo que fico ofendido com uma parede vazia no tribunal. Porque uma parede vazia num tribunal é também uma atitude religiosa, porque viver como se Deus não existisse também é uma atitude religiosa, porque, impedir os cristãos deste país de longa tradição cristã, 5 (cinco) séculos de cristianismo, de manifestarem publicamente a sua religião porque um grupelho de ateus imorais não quer ver a nossa piedade e a nossa religião é algo simplesmente inaceitável, é algo diante do qual nós não podemos nos calar.

Como pastor de almas, eu preciso dizer isto. Eu preciso dizer que não irei me calar diante de uma política do governo que quer implantar o aborto custe o que custar. Porque eu não quero carregar na minha consciência a mortandade de milhões de crianças que se seguirá a esta política genocida. Como pastor eu devo erguer a minha voz contra um governo que quer a todo custo equiparar o casamento heterossexual único e indissolúvel a uma união de pessoas do mesmo sexo, isto é uma afronta, isso é um insulto!

Nós não podemos dizer que o ato sexual homossexual tem a mesma dignidade do ato sexual heterossexual, meus irmãos todos nós nascemos de um ato sexual heterossexual, da união de um homem e de uma mulher. Todos nós devemos à santidade e a grandeza do sexo entre um homem e uma mulher a nossa existência. O que é que um homem com homem pode produzir, além de excrementos? O que é que uma mulher e uma mulher podem produzir? Absolutamente nada! A esterilidade destes atos sexuais não pode ser equiparada à grandeza e a fertilidade dos atos que Deus quis e planejou, que é o ato entre um homem e uma mulher. E a Igreja Católica não pode, não deve e se Deus quiser não irá se calar diante desta perversão.

Nós não estamos querendo colocar nenhum homossexual na cadeia, como eles, aliás, querem me colocar na cadeia, e a você também se você abrir o bico. Porque já existe no congresso tramitando uma lei, PL 120 (nota: trata-se do PLC 122/2006), que pretende punir como crime inafiançável qualquer ato de discriminação contra pessoas que advogam o sexo com o mesmo sexo. Eu não quero colocar nenhum homossexual na cadeia, enquanto houver sociedade cristã os homossexuais continuarão tendo o direito civil de ter as relações sexuais que quiserem sem ser ameaçados com a cadeia. Mas por favor, não queiram calar a nossa boca e não queiram nos obrigar a achar tudo isso muito bonito e decente.

Uma coisa é um crime, outra coisa é um pecado. O homossexualismo não é um crime, mas é um pecado! Porque não está no projeto de Deus, porque Deus não o quis. Todo homossexual enquanto os valores cristãos guiarem o nosso país, todo homossexual terá todo o direito de sê-lo, de ser homossexual o quanto quiserem e de fazer os atos sexuais que quiserem, mas não queiram que os elogiemos por isto, não queiram que nós achemos tudo isso muito santo e decente porque a palavra de Deus nos proíbe. Criminalizar esta minha opinião é criminalizar o cristianismo. Este PL 120 (nota: trata-se do PLC 122/2006) está simplesmente pretendendo criminalizar o cristianismo.

Vocês sabem que já está em vigor esta realidade no nosso país, não através de lei, mas através de jurisprudência. Aconteceu em Fortaleza que uma igreja evangélica, quis, pagou, e colocou outdoors na cidade, cartazes com versículos bíblicos e nada mais. Os versículos da Bíblia que dizem que o homossexualismo é um pecado, simplesmente “a frase da bíblia”, a citação, só isso. Um grupo do movimento dos direitos dos homossexuais entrou com uma ação contra esta Igreja e o juiz mandou retirar os cartazes. Vocês sabem o que é isso? Isso significa que o cristianismo no nosso país já é um crime, para alguns juízes já é um crime, para alguns juízes ter a opinião da bíblia é um crime. E assim eles vão instalando esse tipo de aberração no nosso país.

Querem que nós aceitemos o apoio total e irrestrito destes grupos de facínoras que invadem as terras e que tomam conta das áreas produtivas do nosso país para não produzirem absolutamente nada. Este bando de cafajestes chamado MST é o maior latifundiário deste país, entretanto não produzem uma banana. Porque o que querem é destruir simplesmente a nossa sociedade, a eles não interessa minimamente a produção, a eles não interessa minimamente aquilo que seja a ordem, aquilo que seja uma democracia.

Nosso governo que exige de todos nós todo tipo de documento, para sequer comprarmos na farmácia ao lado uma cápsula de aspirina, não exige um documento sequer do MST para despejar milhões de reais nessa organização criminosa. Não sei se os senhores sabem, mas o MST não existe juridicamente, eles não têm sequer um CNPJ, não existe a pessoa jurídica, não existe a firma MST, e mesmo sem, mesmo estando irregulares eles recebem milhões de reais todos os anos, do nosso governo, e o país adormentado, assiste a instauração de uma ditadura, e a perversão da ordem do nosso país.

Nós não podemos permanecer calados diante disso, Clama aos Céus este ato. Que um presidente da república seja irresponsável o suficiente de dizer que assinou este decreto sem ler, em qualquer país civilizado seria suficiente para um impeachment, para que ele já tivesse sido estromesso (Nota: deposto) do palácio do planalto. Que um homem assine um decreto desta enormidade, e diga que nem sequer leu, é de uma cara de pau tão grande, que nós não podemos sequer sonhar com uma coisa dessas. Como, senhor presidente, o senhor não leu, se todas estas cláusulas que o senhor acaba de assinar estava no seu plano de governo quando o senhor se candidatou pela primeira vez em 2002?

Infelizmente o nosso país elege presidentes não pelos seus planos de governo, mas elege presidente pelas propagandas eleitorais. Propaganda aceita tudo, (com) propaganda se faz aquilo que se quer. Infelizmente, infelizmente esta minha homilia não pode ser classificada como propaganda eleitoral para um outro partido. Porque infelizmente os outros possíveis e prováveis candidatos de outros partidos têm o mesmo desgraçado plano de governo.

Nós podemos nas próximas eleições ir votar e eleger, e escolher entre: lúcifer, satanás, belzebu, o diabo e o capeta. Porque tudo será, no final, a mesma coisa. Porque se o Lula defende isso, a Dilma também o defende, o Serra também o defende, e mais todo o resto da corja que quer se candidatar a presidente da república. Não existe partido, não existe partido que numericamente seja representativo, que esteja realmente representando a opinião do povo brasileiro. Infelizmente, infelizmente, os senhores congressistas, infelizmente os cargos que nós temos no executivo, e infelizmente também o judiciário, estão todos pela ocupação de espaço, pela política da ocupação de espaços, estão todos alocados para pessoas revolucionárias, anti-cristãs de esquerda.

Esta é a situação deste país. Esta é a nossa situação. Agora não esperem os métodos de Hitler, porque hoje em dia não se faz mais ditadura com derramamento de sangue, hoje em dia as ditaduras são feitas por revoluções de veludo, como este decreto que nós acabamos de assistir. As revoluções de veludo que vão, lenta e gradualmente, comendo os direitos democráticos sem que sequer as pessoas notem isso. Sequer as pessoas estão notando a demência que é pedir de um funcionário público que ele professe a fé no credo do governo e do partido governante. Isto jamais existiu numa democracia. Nós estamos sendo governados por uma ideologia que tem a sanha do poder. Eles não irão parar por aí. Se nós - nós - não fizermos ouvir a nossa voz infelizmente não existe nenhum movimento organizado para rebater isto tudo. Então o que podemos fazer de concreto? O que podemos fazer agora é abrir os olhos das pessoas para o que está acontecendo.

Para que isto um dia se torne um movimento. Para que isto um dia se torne um movimento de cristãos e não-cristãos, amantes da democracia que queiram deter esta raça de gente, esta raça de mal-feitores que desgraçadamente nos governa. Que Deus tenha piedade do nosso país!

Quero concluir esta homilia, recordando, porém, a providência de Deus, não para que nós fiquemos de braços cruzados não é isso. Mas para que não nos desesperemos. Deus está conosco e se Deus está conosco quem será contra nós? Nós podemos e devemos articular a nossa ação política para que como cidadãos tenhamos direito de existir como cristãos.

Meus irmãos eu não estou fazendo campanha de nenhum partido político, porque infelizmente eu os detesto a todos. Porque todos, todos, sem exceção são cúmplices desta enormidade que nós estamos assistindo. Não estou dizendo votem em fulano, em beltrano e sicrano, eu estou dizendo: Vamos acordar!

Deus está conosco. Deus é por nós. Mas se Deus é por nós, nós precisamos também ser por Deus. Deus está do nosso lado e nos defende. Mas nós também precisamos nos acordar. E realizar atos corajosos de protesto. Espero em Deus nosso Senhor que padres e bispos do nosso país, lideranças leigas, acordem para estes fatos e nós possamos assim, em período breve, organizar marchas pela liberdade. Não a favor de nenhum partido político, marchas pela liberdade simplesmente dizendo que nós não estamos de acordo a que os políticos no congresso nacional simplesmente estejam moucos (Nota: surdos) à voz da população.

Infelizmente do outro lado eles são bem informados, eles tem militância, eles tem constância, eles são aguerridos. Do nosso lado nós não temos militância nenhuma, então não adianta agora querermos conclamar nada. Precisamos primeiro tomar consciência, precisamos primeiro nos inquietar, para que depois, uma vez que haja uma população inquietada, possamos fazer uma manifestação pública, porque se eles não ouvem a voz de Deus e a voz da Moral, pelo menos a voz do voto de milhões de insatisfeitos eles irão ouvir!

* Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior nasceu no dia 7 de novembro de 1967 e foi ordenado sacerdote no dia 14 de junho de 1992, pelo Papa João Paulo II. É bacharel em teologia e mestre em direito canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma). Atualmente, leciona nos cursos de Filosofia e Teologia.

Desde 2002, a Santa Sé o nomeou membro do Conselho Internacional de Catequese (Coincat), da Congregação para o Clero.(Currículo retirado do site do próprio Revdo. Pe, no endereço eletrônico: http://www.padrepauloricardo.org/site/?page_id=2>).



sábado, 10 de abril de 2010

Bíblia e Igualdade

João:3:16: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Gal:3:26: Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.
Gal:3:27: Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.
Gal:3:28: Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.

Col:3:10: E vos vestistes do novo homem, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;
Col:3:11: Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos.


Muito se fala em democracia e em igualdade perante a lei.
Mas é curioso ver como a Bíblia forneceu bases para esses conceitos.

Ainda que muitos poderosos a tenham distorcido a seu bel-prazer ao longo da história, é visível que a Bíblia moldou uma cosmovisão forte para o surgimento da democracia.

Afirmando que "Deus ama a todos", que "Deus dá dons a todos" e que em Cristo todos são aceitos, a Bíblia revolucionou inclusive o pensamento grego da época.

Não existe nada no mundo antigo que chegue perto disso. A democracia grega era só para homens livres. No entanto, o Novo Testamento explicitamente inclui escravos, mulheres e todas as etnias, superando o classismo, o sexismo e o etnocentrismo.

A Bíblia quebra tabus e preconceitos sociais. Ela defendeu a igualdade de valor das mulheres num tempo em que a mulher era vista como mero objeto.

A Bíblia proporcionou uma verdadeira revolução feminina (não feminista). Num tempo em que não existia previdência social as igrejas assumiam o cuidados das viúvas (Tg 1.27; 1Tm:5:9).

Importante dizer que a Bíblia não é feminista e nem machista, pois defende a igualdade de importância de ambos os sexos. Contudo ela não despreza a diferença de papéis no casamento, distinção que é evidente até mesmo pela própria constituição biológica humana.

Ainda hoje a Bíblia desagrada machistas e feministas, desagrada senhores de escravos (onde este mal ainda impera) e irrita os poderosos que se julgam acima da lei.

Passam-se os séculos e ela continua desafiando a sociedade ao seu redor.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Cristãos devem defender Leis Cristãs

Cristãos devem defender Leis Cristãs
(Texto inspirado em William Willbeforce)

É muito comum ouvirmos cristãos dizendo que os cristãos não devem defender leis contra o aborto, contra o homossexualismo ou qualquer outro tema porque criar leis não combina com o evangelho (1).

É dito ainda que Deus não obriga ninguém a nada, pois deu livre-arbítrio ao homem, e portanto não devemos obrigar. Dizem: "Se Deus não obriga ninguém a obedecê-lo, quem somos nós para obrigar alguém?" (2)

E também há os que dizem que uma lei não transforma o coração das pessoas, e já que Deus olha o coração, não devemos nos ocupar com leis (3).

São 3 argumentos interessantes. Tudo isso é muito bonito quando temos em mente a tarefa da igreja de evangelizar as pessoas. Mas na verdade essa é uma tentativa do diabo de calar os cristãos. Que aliás tem tido sucesso.

De fato não podemos obrigar ninguém a se converter ao cristianismo, e lei alguma transforma o coração das pessoas. Querer converter às pessoas ao evangelho através de leis seria uma tolice e não combinaria com o ensino de Cristo. Aliás, foi essa tolice que o Imperador Constantino cometeu: editou uma lei dizendo que todos deveriam se converter ao cristianismo!

Hoje não temos visto nenhum cristão querendo repetir esse erro. O que temos visto são cristãos que almejam leis justas e responsáveis para seu país!

A rigor, nenhuma lei combina com o evangelho, afinal toda lei pune de alguma forma (condena, multa, prende ou executa). O Evangelho não condena ninguém nem a multas, nem a prisões, nem à morte. O Evangelho não veio para condenar, multar, prender ou executar nenhum criminoso, por pior que seja. O único tipo de condenação que o Evangelho menciona é a condenação eterna para os homens que escolhem viver no pecado.

Mas as leis são necessárias para evitar o caos na sociedade. As leis servem para refrear os pecados das pessoas, e sem elas ficaríamos a mercê do "salve-se quem puder".
Foi o próprio Deus quem disse que o Estado deve cumprir esse papel protetor.

Rom:13:1: TODA a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
Rom:13:2: Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
Rom:13:3: Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
Rom:13:4: Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
Rom:13:5: Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
Rom:13:6: Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.


Uma vez que o Estado tem esse papel protetor, as leis do Estado devem ser justas. E como vivemos numa democracia nada mais natural que nós cristãos nos mobilizarmos por leis justas, baseadas nos valores bíblicos. Sabemos que os valores bíblicos trazem bênção e prosperidade para o povo que o pratica. Os cristãos primitivos não se mobilizaram politicamente pois não viviam numa democracia, mas a pregação deles foi mudando a opinião pública da época em vários assuntos, afetando a sociedade e mais tarde o Império todo. E hoje além de mudar a opinião pública pela pregação, podemos exercer nossa cidadania.

Em nossa nação temos leis que condenam os assassinatos, os estupros, o roubo, a pedofilia, etc... Da mesma forma precisamos de leis que condenem o aborto, o casamento gay, o infanticídio indígena, a maconha, etc.

No que se refere ao Evangelho Jesus ama a todos e quer salvá-los (pedófilos, assassinos, estupradores, etc). Mas o país precisa de leis que proíbam a pedofilia, assassinatos, estupros, prostituição, etc.

À medida que entendemos a profundidade de nossa própria cosmovisão cristã, não levaremos uma vida meramente de contemplação, mas também de ação.

Hoje em dia, mais do que nunca, os cristãos precisam se unir para defesa de leis justas no Parlamento. É  preciso impregnar a sociedade com os valores da Palavra de Deus. Precisamos "salgar" a terra. Não falo apenas em eleger políticos cristãos, mas também de conscientizar a sociedade e pressionar os parlamentares.

A sociedade já sabe porque roubar e matar é ruim. Mas é preciso mostrar à sociedade porque o aborto e a ideologia de gênero são ruins. Além de dizer que a Bíblia condena, temos fortes argumentos que mostram o malefício de liberar essas práticas.

Alguns alegam que não devemos impor nossos valores. Na verdade a questão é: quem vai impor valores: os "esquerdistas" ou os conservadores? Se formos omissos estaremos aceitando que valores anti-cristãos prevaleçam, mesmo numa sociedade com maioria cristã.

Todos sabemos que o testemunho cristão deve ter primazia e nesse sentido a igreja evangélica tem questões a tratar. Mas muitos cristãos não percebem que esse discurso de não envolver-se politicamente é o mesmo que fez a Igreja Cristã da Alemanha calar-se diante do NAZISMO. Poucos cristãos combateram o nazismo na época, mas hoje são vistos como heróis. Hoje podemos erguer nossa voz ou calar-se diante da ideologia socialista.

No século XVIII William Willbeforce (*) e outros cristãos se mobilizaram pelo fim da escravidão no Reino Unido. São admirados até hoje porque decidiram lutar por leis justas, por leis cristãs. Willbeforce era a voz cristã no Parlamento, mas os cristãos abolicionistas fizeram muitas ações para conscientizar a sociedade: distribuíram o livro de um ex-escravo contando os maus tratos que sofreu e também o livro de um ex-capitão de navio negreiro, contaram a todos como era o interior dos navios negreiros, levaram pessoas para conhecer essa realidade, pregaram aos quatro cantos que todos os homens são iguais perante Deus...

Com toda essa mobilização mudaram a opinião pública - isso levou décadas!
E vale dizer que nem todos os cristãos da época concordavam com o grupo abolicionista.

Assim como hoje nem todos os cristãos se mobilizariam contra o casamento gay ou o aborto, mas se aqueles que entendem a seriedade do assunto se mobilizarem podemos mudar a opinião pública.

Alguns afirmam que é melhor não fazer nada e enfrentar a perseguição depois. Mas vemos que o apóstolo Paulo desejava que os cristãos tivessem uma vida sem perseguição do Estado: [Ore] Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade (1Tm:2:2).

Sabemos que a mídia hoje criticará qualquer iniciativa contra o casamento gay ou o aborto. Os cristãos abolicionistas também foram difamados e criticados, mas no final o mundo entendeu que estavam certos. Os cristãos que lutaram contra o nazismo (nacional-socialismo) eram mal vistos, mas hoje são heróis!

Se queremos evitar sérios prejuízos para as gerações futuras precisamos nos posicionar abertamente contra o aborto, ideologia de gênero, pedofilia, feminismo, liberação das drogas ou qualquer outra investida diabólica que ameace a dignidade humana. E fazer isso com bons argumentos.

Se você é cristão ou simpatiza com essa causa, você pode:
- associar-se a um grupo pró-vida;
- votar em políticos cristãos sérios (**);
- divulgar testemunhos de homossexuais convertidos ou de sobreviventes de abortos;
- publicar textos mostrando como o aborto é cruel, etc;
- e muitas outras ações.

Faça sua parte! Aja pelo bem da sociedade.

Muitos nos virão como fundamentalistas. Não se preocupe: é preferível o aplauso de Deus do que dos homens.

Sobre gêneros e homossexualidade:
- Lembre-se que não estamos lutando contra os gays, trans, etc. Queremos o bem deles.
- As igrejas cristãs precisam fazer a lição de casa: fortalecer o discipulado e estar preparadas para acolher aqueles que querem abraçar a heteronormatividade.

Em amor,
Pr Cleber.

(*) Recomendo a você assistir o filme "Jornada pela Liberdade" - o filme conta a história de William Willbeforce. 
(**) Também tenho restrição com vários políticos cristãos que não dão testemunho, que compram votos de igrejas, etc. Mas ainda creio no poder de Deus para transformar as pessoas e mantê-las puras mesmo no meio sujo que é a política.
(***) Por fim vale dizer que também devemos nos posicionar também contra a corrupção que assola o país, especialmente no meio político. Essa é uma causa que a sociedade já está abraçando, mas que precisamos apoiar. A bancada evangélica deveria ser o baluarte da honestidade. Temos que exigir isso.


Adendo 1: Não penso que tudo que está na Bíblia deva virar lei, mas muita coisa precisa ser mantida na lei pelo bem da sociedade.

Adendo 2: Não defendo uma teocracia, mas uma democracia onde os cristãos façam valer sua voz. Creio que deve haver a separação Igreja/Estado, mas a Igreja não deve se calar, deve pressionar! É contraditório que em países de maioria cristã se aprovem leis pró-aborto, casamento gay, liberem a maconha, legalizem a prostituição, etc... No Estado Laico não existe uma religião oficial, mas os cidadãos de todas as religiões podem participar da política ativamente se assim desejarem. Nós cristãos não podemos nos calar.

Adendo 3: Sei que certos parlamentares evangélicos agem por interesses próprios visando liberar som alto de igrejas, conseguir terrenos, impedir que templos sejam vistoriados, etc. Definitivamente esse corporativismo não tem respaldo bíblico e não chamo isso de leis cristãs.